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A intersetorialidade entre Saúde e Assistência

Carolina Ferro

Atualizado: 11 de fev.



No dia 14 de junho, o Fórum Permanente de Acompanhamento das Políticas Públicas para a População de Rua de São Paulo realizou seminário para discutir as necessidades da população em situação de rua com relação à saúde e as políticas públicas existentes. Participaram do evento, aproximadamente, 80 pessoas.

Edy de Lucca (OAF) apresentou a rede de discussão sobre Saúde e Assistência social, composta pela OAF; Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Saúde, Políticas Públicas e Sociais (Unifesp); Associação Saúde da Família; Bom Parto; É de Lei e Santa Casa. Foram apresentados os resultados do trabalho de aproximadamente um ano de discussão entre os participantes da rede, que teve o objetivo de levantar os principais problemas enfrentados tanto na utilização dos serviços como na prestação de saúde de qualidade. A integração entre os serviços de saúde e assistência social foi apresentada como um dos principais desafios para melhorar o acesso e a qualidade desses serviços.

Rosângela Elias (Secretaria Municipal de Saúde de SP) expôs o que ela chamou de “dificuldades de pensar uma política pública que tem um recorte de tanta singularidade como é o caso da população em situação de rua”. Destacou a intersetorialidade como algo fundamental e o maior desafio do SUS, ao atribuir co-responsabilidade de outras áreas sociais com a saúde. Para enfrentar essa questão apontou a possibilidade de construção de uma rede institucional entre as equipes dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) e dos abrigos, como espaço de troca e de qualificação das pessoas no próprio trabalho.

Cléia Januário (Secretaria Municipal de Assistência Social de Guarulhos) expôs a experiência recente do Consultório de Rua (CR), realizado em parceria com a Secretaria de Saúde com o objetivo do cuidado em saúde e redução de danos junto a pessoas em situação de rua, usuárias de substâncias psicoativas. Os atendimentos de saúde e psicossocial são realizados diretamente na rua ou em albergues. Destacou o trabalho articulado entre gestores da Secretaria de Saúde e de Assistência Social nos encaminhamentos, orientações e discussão de casos.

Zilah Daijós (Smads) levantou como desafio da assistência social garantir o acolhimento depois que a pessoa realizou um tratamento de saúde.

Átila Pinheiro (MNPR) apontou a necessidade de humanização do olhar, porque o foco deve ser sempre as pessoas que estão na rua. A saúde e a assistência devem deixar de jogar a responsabilidade uma pra outra e começar a desenvolver trabalhos conjuntos e que sejam efetivos.

Nina Laurindo (Fórum Permanente) destacou que a população de rua tem grande dificuldade de acessar o SUS em parte devido à discriminação. Mencionou a dificuldade, daqueles que conseguem ser atendidos, de dar continuidade ao tratamento por não haver um sistema de acolhimento eficiente na cidade.

Por último, o Fórum Permanente propôs a criação de um Grupo de Trabalho composto por representantes de ONGs, poder público e pessoas em situação de rua visando integração da saúde e da assistência social.



Edição N° 199 - Julho de 2011

 
 
 

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